1. |
Médicos sem fronteiras
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Gerindo seus esforços sem hastear bandeiras
Sem se restringir a nenhuma fronteira
Dedicam suas vidas em ações humanitárias
Empregando conhecimento de maneira solidária
Em contato ostensivo com os horrores da guerra
Denunciam com coragem o que o jornal não revela
Médicos sem fronteiras
Levam socorro às populações
Vítimas de catástrofes sob diversas condições
Sem qualquer discriminação religiosa
Nem racial, política ou filosófica
Reivindicam a ética médica universal
Prezam pela independência e liberdade total
Médicos sem fronteiras
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2. |
Minha tese final
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Sinto informar-vos, senhores,
Mas o mundo não é de Descartes,
Nem mesmo de Newton.
Sinto, mas é meu dever
Dizer que o mundo já existia
Antes de todos os seres humanos
E continuará existindo apesar deles
Enfim, tomai-vos no cu! Sou eu o pó irado,
Sois vós os pós eruditos
Que o vento há de varrer
Pra puta que pariu.
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3. |
Nós, os libertários
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Nos livramos da atraente gaiola de ouro,
O vil metal do desejo mundano.
Na liberdade encontramos o maior tesouro,
Em torno dela fazemos nossos planos.
O Estado nocivo e nojento
Jamais terá nossa aprovação,
Pois com seus poderes violentos
Não passa de uma grande prisão.
Nossa pátria é o infinito,
Com antibandeiras negras.
Nossas músicas, cultura, nossos gritos
Não se deixam deter por regras.
Queremos um mundo mais evoluído,
Que garanta a nossa e a vossa sustentação,
Onde possamos ser autogeridos
Por nosso trabalho, força e união
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4. |
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Hijo del pueblo, te oprimen cadenas
y esa injusticia no puede seguir,
si tu existencia es un mundo de penas
antes que esclavo prefiere morir.
Esos burgueses, asaz egoístas,
que así desprecian la Humanidad,
serán barridos por los anarquistas
al fuerte grito de libertad.
Trabajador, no más sufrir,
la explotación ha de sucumbir.
Levántate, pueblo leal,
al grito de revolución social.
Vindicación no hay que pedir;
sólo la unión la podrá exigir.
Nuestro pavés no romperás.
Torpe burgués.
¡Atrás! ¡Atrás!
Los corazones obreros que laten
por nuestra causa, felices serán.
Si entusiasmados y unidos combaten,
de la victoria, la palma obtendrán.
Los proletarios a la burguesía
han de tratarla con altivez,
y combatirla también a porfía
por su malvada estupidez.
Rojo pendón, no más sufrir,
la explotación ha de sucumbir.
Levántate, pueblo leal,
al grito de revolución social.
Vindicación no hay que pedir;
sólo la unión la podrá exigir.
Nuestro pavés no romperás.
Torpe burgués.
¡Atrás! ¡Atrás!
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Assim falava Zaratustra
00:42
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Forte e sólido, imbuído de respeito
Clama o espírito por coisas de peso.
Rejubila-se com a força que de si emana,
Tal qual o camelo: vence o sol que inflama.
Consciente da força de que é portador
Urra "eu quero": grito libertador.
Então de camelo passa a leão
E é capaz de dizer um sagrado NÃO.
Então para o jogo da criação
É preciso uma santa afirmação.
É preciso que seja uma criança inocente,
Que seja esquecimento, que seja contente.
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Amigo secreto
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Dez quilos de chumbo
É tudo que eu peço,
Dez gramas pra cada
Um no congresso.
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7. |
Povos dos campos
01:33
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Latifúndio crescente, evasão progressiva
Do povo do campo da vida sofrida.
Monoculturas para exportação.
Envenenam o solo, espoliam a nação.
Roubaram as terras a corja elitista.
Compraram a mídia, usurparam o poder.
Agora mantém a doutrina fascista,
Explorando o trabalho nos fazem sofrer.
O povo do campo sem alternativas
Mendiga trabalho sem por onde correr.
Burgueses de merda exploram suas vidas,
Reduzem salários, acrescentam trabalho.
Latifúndio crescente, evasão progressiva
Do povo do campo da vida sofrida.
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8. |
75 primaveras
01:10
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Seja dono, possua, o apego é o sentimento!
Um carro importado ou um cachorro sarnento!
Rápido rápido, não demore à nascer!
O hospital esta cheio, pouco importa você!
Tenha pressa, ande logo, não se atrase pra aula!
Urge abarrotar seu intelecto e sufocar sua alma!
Nada importa o querer, vá trabalhar!
Consumir é a ordem, a lei, acumular!
Seja dono, possua, o apego é o sentimento!
Um carro importado ou um cachorro sarnento!
Vamos lá, reproduza, o sistema deve continuar!
Graxa nova é requerida pra maquina engrenar!
Suas rugas são muitas, aceite sua inutilidade!
Se afaste, devolva o espaço na sociedade!
Morra logo, sem dar muito trabalho a ninguém!
Uma caixa de madeira, um buraco no chão, já foi tarde, amém!
Seja dono, possua, o apego é o sentimento!
Um carro importado ou um cachorro sarnento!
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9. |
Viver sem razão
01:07
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Montanhas de lixo, vazio nas panelas.
Sem vontade de ler, assistindo novelas
Não quer questionar, sonha em consumir.
Da própria consciência tentando fugir.
Viver sem razão, não podemos.
Somos aquilo que pensamos e fazemos.
Cansado demais pra ação consciente,
Segregado do outro, é indiferente.
A ação política se restringe a votar,
Os porquês da vida não quer nem pensar.
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10. |
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Era ele que erguia casas
Onde antes só havia chão.
Como um pássaro sem asas
Ele subia com as casas
Que lhe brotavam da mão.
Mas ele desconhecia
Esse fato extraordinário:
Que o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário.
Não! Ele disse não!
O Operário em construção!
O operário emocionado
Olhou sua própria mão
Sua rude mão de operário
De operário em construção
E olhando bem para ela
Teve um segundo a impressão
De que não havia no mundo
Coisa que fosse mais bela.
Não! Ele disse não!
O Operário em construção!
E foi assim que o operário
Do edifício em construção
Que sempre dizia sim
Começou a dizer não.
E aprendeu a notar coisas
A que não dava atenção:
(E o operário fez-se forte
Na sua resolução.
Não! Ele disse não!
O Operário em construção!
Notou que sua marmita
Era o prato do patrão
Que o casebre onde morava
Era a mansão do patrão
Que a dureza do seu dia
Era a noite do patrão
Que sua imensa fadiga
Era amiga do patrão.
Não! Ele disse não!
O Operário em construção!
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11. |
Não vai adiantar
01:12
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Não vai adiantar
Passar seu ideal
Enquanto não encarar
O mundo real!
Não pensar em nada,
O futuro está perdido.
Vivo um conto de fadas,
cuidar do meu umbigo.
Não quero saber
De problemas ou impasses,
Não sei nada de política
Nem de luta de classes.
Não vai adiantar
Passar seu ideal
Enquanto não encarar
O mundo real!
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12. |
Senhores Doutores
01:22
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Senhores doutores donos de éticas e morais,
Possuidores de ciências precisas e universais,
Mestres nos gestos polidos e etiquetas comportamentais:
Uma fonte de inspiração às novelas globais.
Seu doutorado pra nós não significa nada.
Sua ética minimalista e sua moral depravada.
Só louvamos o conhecimento que beneficie à coletividade,
E a ciência que expanda, faculte as possibilidades.
Escondem os horrores político-sociais:
Uma fonte de inspiração às novelas globais
Escondem os horrores político-sociais:
Uma fonte de inspiração às novelas globais
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13. |
Mundo mundo
01:29
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Álcool no sangue
Um coma induzido
Tentando calar
Um choro sofrido
Enclausurado
Em um corpo doente
Sem poder apagar
As lembranças da mente
Sulcos vincados
De tristeza e dor
Uns olhos bem fundos
Sem fé ou amor
Mundo mundo
Vasto mundo
Mais vasto é
Esse sofrimento imundo
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Ordinário Maringá, Brazil
banda de hardcore punk formada por bruno (letrista, guitarrista e vocalista), raoni (baixista e vocalista) e david (baterista).
2008-2013 maringá-pr.
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